segunda-feira, 5 de outubro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
domingo, 10 de maio de 2015
RELATO DA VISITA DE ESTUDO E CONTINUAÇÃO DO TEMA - O AZEITE
AUTITV
DISCIPLINE
DE GASTRONOMIA
20ª Aula, 27 de Abril de 2015
Sumário:
1
. Relato da Visita de Estudo e conclusão
do tema - o azeite
2.
Revisão das aulas dadas
até ao presente;
PONTO
1
O tema do azeite
aqui e agora voltado a abordar, foi vivenciado na Cova da Beira, em
pleno coração da Beira Baixa, onde a oliveira desde os primórdios da existência humana ou talvez
ainda antes, se deu muito bem.
Correspondendo ao que esperava-mos, encontramos nas nossas visitas páginas e páginas da
História de Portugal e das vivências locais dos mesmos, associadas a valores
que o povo perpetua com as suas tradições.
O tema que nos levou até à região foi o azeite, um
dos principais componentes da nossa
alimentação.
Porém, a enriquecer o nosso objectivo, tivemos a sinergia cooperativa dos colegas de história que tornou a viagem mais agradável e as visitas mais completas.
Porém, a enriquecer o nosso objectivo, tivemos a sinergia cooperativa dos colegas de história que tornou a viagem mais agradável e as visitas mais completas.
Desde a
chegada a Belmonte no dia 23 até à
partida, no dia 24, tivemos o acompanhamento de uma guia de turismo local
que tão bem documentou os locais
históricos visitados.
Museu do azeite em Belmonte |
Na imagem temos o exterior do museu do azeite na
vila de Belmonte , última visita nesta vila, antes da partida para o almoço no
lagar de azeite, na freguesia de Maçaínhas, situada no mesmo concelho de Belmonte.
Lagar de azeite em Maçainhas |
Na
mesma rota e antes de chegarmos a Belmonte, visitamos Oleiros, que não podemos
deixar de referenciar. Foi nesta vila que fizemos a nossa primeira refeição,
também ela programada. Almoçamos no Hotel de Santa Margarida, onde apreciamos a gastronomia local com prova do exclusivo vinho calum e do famoso cabrito estonado, atractivo
turístico do concelho.
E voltamos ao azeite, revendo algumas notas sobre ele na alimentação.
Cientistas
em todo o mundo chegaram à conclusão que o azeite traz diversos benefícios para
a saúde, tais como:
-Protecção da mucosa do o estômago e do intestino,
beneficiando o aparelho digestivo;
- Por
ser uma gordura de elevada estabilidade
suporta melhor altas temperaturas sem sofrer toxidade, devendo, por isso, ser o preferido para as frituras.
-Por ser rico em vitaminas liposoluveis (A,D,E e K), opera como antioxidantes, retardando o
envelhecimento das células ;
- Conduz a um aumento do colesterol bom (HDL);
- Protege e tonifica a pele;
-Favorece a absorção do cálcio;
-Reduz a prisão de ventre, além de outros
benefícios para a saúde.
Mas, nem por ser um bom alimento se pode
abusar dele. O azeite é o alimento mais calórico da Tabela da Composição de
Alimentos, podendo, se consumido em excesso, tornar perversos os efeitos que na
medida certa funcionam beneficamente.
Não o usamos mais do que nos é indicado na Roda dos Alimentos.
Como
gordura de adopção, no pão, em saladas ou
na culinária , quer em doces, quer em salgados, o azeite (na devida
medida) não só favorece a saúde, como valoriza o sabor e o aspecto dos
alimentos.
PONTO
2
REVISÃO DO PERCURSO DAS AULAS NESTE ANO LECTIVO (2014/2015)
1ª Aula - Apresentação
2ª Aula – A Alimentação
na Antiquidade
3ª Aula – A Alimentação
Outonal (Equinócio de Outono)
4ª Aula – Benefícios e
Malefícios do Desenvolvimento Alimentar
5ª Aula - A Dieta Primitiva
6ª e 7ª Aulas – A
Gastronomia da quadra natalícia
8ª Aula – Bebidas
quentes, o chá em particular
9ª Aula – Grupos de Alimentos (Nutrição)
10ª e 11ª Aulas –
Necessidades Energéticas (Nutrição)
12ª Aula – Tabela da
Composição de Alimentos (Nutrição)
13ª Aula – Gastronomia
do carnaval
14ª Aula - Dietas
15ª e 16ª Aulas – A
Minha Dieta
17ª Aula – Uma refeição
festiva, controlada dieteticamente
18ª Aula – O Azeite
19ª Aula – Preparação
para a Viagem de Estudo
Nota final:
Texto
composto exclusivamente para apoio das aulas de gastronomia da
Universidade da Terceira Idade de Torres
Vedras, pela professora da disciplina , Palmira Cipriano Lopes.
VIAGEM DE ESTUDO A BELMONTE E OLEIROS
AUTITV
19ª Aula, 20 de Abril de 2015
Continuação
da aula anterior e
PREPARATIVOS
PARA A VIAGEM DE ESTUDO
A Beira Baixa é uma região cheia de surpreendentes belezas e de boa gastronomia . Desde a
esmagadora paisagem criada pela natureza, de onde
as comunidades locais
laboriosamente fizeram sair os apreciáveis e únicos sabores gastronómicos. É lá que vamos
encontrar o queijo mais famoso do país, produzido dos bucólicos rebanhos serranos, os enchidos,
o mais afamado cabrito assado e as mais variadas iguarias de azeite.
Em tão singular região, não podia
o homem deixar de assinalar importantes marcos da história de Portugal.
É tudo isto , a que podemos
chamar «três em um», que compõe o
programa da nossa viagem , cujo objectivo principal, como vem referido no
programa , é: Vivenciar dois dias no coração da Beira Baixa , visitando lugares
significativos da História e Etnografia
de Portugal.
- Ver programa e folheto
informativo da viagem;
- Recomendações:
-
Roupas e calçado adequados;
-Cumprimento
de horários;
-
Material de reportagem (maquina
fotográfica, bloco de notas)
-
Objectos de uso pessoal (higiene ,
medicamentos, etc.).
OLEIROS
REFERÊNCIAS COLIGIDAS DA INTERNETE, NA PÁGINA DO MUNICÍPIO
« A vila
de Oleiros sobrevive desde tempos
medievos, sendo testemunho de um passado
que importa ainda reconstituir, documentar e
delimitar a sua exacta extensão.
A vila
é sede de concelho, composto por doze freguesias,
maioritariamente rurais, integra-se na
região Centro e na sub-região do Pinhal Interior Sul, ocupando aproximadamente
uma área de 471 km2, com 6677 habitantes, de acordo com os censos de 2001,
tendo como capital de distrito a cidade albicastrense.
Atravessa o seu território no limite norte, grosso modo, uma das grandes vias fluviais lusitanas o rio Zêzere.
Etimologicamente, o termo Oleiros parece derivar da palavra latina ollarium ‘o fabricante ou negociante de panelas de barro’, apesar de não haver resquícios na existência de oficinas artesanais, existindo, contudo, em abundância, espécies de barro “greda argila…”, matéria prima indispensável para o efeito. Também há quem advogue que a palavra derivará de olheiros ou olhos de água, vulgarmente chamados, nascentes, reforça esta ideia o facto de na vila se acharem algumas fontes.
Também
esta vila não escapou à nefasta passagem das
tropas francesas , aquando das
invasões . Um dos grupos de reforços que
seguia pela estrada aberta pelo
cume das serras, entre as vilas do Fundão e Abrantes, para se reunir ao
exército nas linhas de Torres Vedras.
Imagem de Santa Margarida |
Oleiros
tem como padroeira santa Margarida, que
consideram ter obtido dela graças de
dois grandes milagres. O primeiro contra
uma praga de gafanhotos, notícia que tem
sido transmitida oralmente de geração em geração e o segundo, mais
recente, tem a ver com a passagem dos soldados franceses
que profanaram a capela de santa
Margarida, fazendo dela um paiol de pólvora que acabaram por incendiar
antes da partida.
Aconteceu
que nessa explosão a imagem desapareceu
e esteve muito tempo perdida,
vindo a ser encontrada intacta num
sítio que ainda hoje se denomina “horta
da Santa”. Razão acrescida para aumento de devoção à santa, pois que este fenómeno foi considerado como um novo milagre.
Em agradecimento, os habitantes de Oleiros passaram a celebrar todos os anos uma festa em honra de Santa Margarida.
Em agradecimento, os habitantes de Oleiros passaram a celebrar todos os anos uma festa em honra de Santa Margarida.
GASTRONOMIA
(Transcrição
da página do município)
A
gastronomia de Oleiros sempre foi muito rica e afamada, pelo que muitos
gastrónomos são atraídos a esta região.
Estes sabores do pinhal incluem variados pratos típicos, como o famoso cabrito
estonado, os maranhos, as trutas grelhadas (da ribeira), o
coelho panado e a sopa de castanha.
Quanto às sobremesas, pode deliciar-se com o bolo de água mel, as
papas de milho, as filhós e a tigelada, elaboradas segundo receitas
ancestrais. Em algumas freguesias é possível provar as tradicionais cavacas,
como é o caso do Estreito e da Madeirã.
No campo enófilo, existe na região uma casta única, que se estabelece ao longo das margens da ribeira e que dá origem ao vinho callum, um vinho exclusivo de Oleiros. Trata-se de um vinho branco, muito ligeiro, com baixo teor alcoólico, e que é frequentemente comparado ao vinho verde.
Famosa é também a aguardente de medronho devido à grande abundância desta planta na região.
Nota final:
Texto
exclusivamente para apoio das aulas de
gastronomia da Universidade da Terceira
Idade de Torres Vedras, pela professora da disciplina , Palmira Cipriano Lopes.
|
O AZEITE
AUTITV
DISCIPLINE
DE GASTRONOMIA
18ª Aula, 13 de Abril de 2015
O AZEITE
O azeite
define-se como um óleo extraído da azeitona, fruto da oliveira, cujo nome
científico da mesma é Olea
europea.
Para os portugueses azeite é
o de oliveira, não precisa de especificação e bem assim para os países
mediterrânicos. Portugal embora não seja banhado pelo mar mediterrâneo, tem um
clima acentuadamente mediterrânico e
tanto mais, quanto mais se aproxima para
leste.
No
entanto se formos para países de clima tropical onde se desenvolvem as
palmeiras de dendém, o óleo delas
extraído que constitui a principal gordura alimentar dessa populações, as
mesmas (populações) chamam-lhe
simplesmente azeite, referindo-se ao azeite de oliveira,
chamam-lhe, azeite de oliveira.
Nos
países lusófonos, principais
consumidores de azeite português, chamam-lhe geralmente azeite de
Portugal. O azeite de dendém, também conhecido por azeite de palma ou
óleo de palma, é consumido nas regiões
tropicais, do Senegal a Angola, há mais de cinco mil anos, sendo o segundo óleo mais produzido
e consumido no mundo.
O
AZEITE NA HISTÓRIA
A oliveira primitiva, espontânea, remonta à hera
terciária, anterior à existência do homem. É originária da Ásia Menor, talvez
Síria ou Palestina, lugares onde foram encontradas folhas de oliveira
fossilizadas com datas atribuídas ao
Paleolítico e Neolítico (2,5 milhos a 8 mil a.C.). Especialistas no assunto
admitem que a oliveira possa ser um híbrido resultante de várias espécies .
A sua cultura é conhecida na
mesma região ( Ásia Menor) ,a partir
da Idade do Bronze ( 3000 a.C.) ,
onde também foram encontrados vestígios de alfaias de preparação de azeite.
Atribui-se
aos gregos a sua cultura junto do
mediterrânico, quando estes se
exportaram a si próprios juntamente com as suas culturas para a Península Ibérica.
Foi a partir desta
região que a oliveira foi difundida para
o resto da Europa, onde existem hoje
cerca de 40 espécies da Olea
europea.
O
AZEITE EM PORTUGAL
Os vestígios da presença da oliveira em
Portugal datam da Idade do Bronze (entre o II e o I milénio a.C.). Quanto à
cultura e protecção da oliveira, é acentuada a data de 506 d.C., quando o
código visigótico punia quem arrancasse uma oliveira alheia. Mas, é já no século XII a cultura da oliveira,
extracção do azeite e comércio do mesmo, começaram a ser praticados em escala
apreciável a partir de Coimbra e de
Santarém.
No
entanto, somente dois séculos mais tarde
é criado em Évora,
no ano de 1392 o primeiro regulamento do ofício de lagareiro
Em
1515 é criado o segundo em Coimbra e o terceiro em Lisboa em 1572, data em
que estão em marcha as viagens para o
Brasil, África e Ásia, sendo o azeite uma das exportações de relevante
importância.
Através
dessas viagens, efectuadas pelos
portugueses e espanhóis, a oliveira chegou
à América do Sul, à África e à Ásia,
propagando-se por todo o mundo, onde o clima lhe foi favorável.
Passando
para à história mais recente, por meados do
século XX , anos 40 e 50,
regista-se em Portugal um considerável aumento da indústria do azeite.
Ao mesmo tempo, deu-se o êxodo do campo para a cidade, por esse motivo
a mão de obra no campo, até aí
suficiente escasseou, as oliveiras envelheceram e os frutos, que mesmo assim
produziam, em grande parte, não eram
colhidos. Faz-se excepção para os
olivais de Lisboa que, dado ao aumento de mão de obra vinda do campo e ao seu
principal destino de consumo, que era a iluminação de Lisboa, a província da
Estremadura foi nessa época, a maior
produtora de azeite no país.
Os
registos da produção de azeite a uma dimensão
industrial é contada a partir do século XII, situam-se nas províncias da
Beira Litoral (Coimbra) e Ribatejo (Santarém), embora, como se diz acima, seja de
Évora, em finais do século XIV,
a criação do primeiro ofício de lagareiro.
Hoje as principais regiões portuguesas produtoras de azeite continuam a
ser as mesmas; Beiras, Ribatejo e Alentejo, cabendo ao Alentejo 62 % da produção do país.
PRINCIPAIS
PAÍSES PRODUTORES DE AZEITE NO MUNDO
Espanha é o principal país produtor de
azeite, com
40% da produção mundial ,
Itália situa-se em 2º lugar com 22% , a Grécia em 3º com
14% e Portugal em 4º com 2%.
A
região mediterrânica, no conjunto dos quatro países, produz 77% das 2.870 milhões de toneladas produzidas no mundo. Portugal
produz 63 mil toneladas correspondentes a pouco mais de 2% da produção mundial,
situando-se, mesmo assim, no 4º lugar
da produtor mundial.
Os
maiores produtores a seguir aos quatro primeiros são, pela ordem seguinte: Tunísia, Turquia, Síria, Marrocos, Argélia,
Palestina, Argentina, Jordânia e Líbia.
PRINCIPAIS CONSUMIDORES
O
consumo de azeite no mundo, foi em
2008, de 2875 milhões de
toneladas, dos quais 68,5% pela CE, 8,7%
pelos EUA e os restantes 22,8% pelo
resto do mundo.
Portugal,
um dos principais consumidores de azeite
per capita , consome 78
toneladas (importa 73 mil e exporta 58
mil, é deficitário em 15 mil toneladas).
Depois
de colhidas as azeitonas,
hoje mecanicamente
em olivais de plantações alinhadas, são enviadas para lagares, alguns de
alta tecnologia, como já existem em Portugal, outros mais artesanais. A
azeitona é moída e espremida retirados os sub -produtos (bagaço e água russa) e
apurado o azeite de primeira, segunda ou terceira
qualidade. Para extrair 1litro de azeite são
necessários, em média, 5 a 6 quilos de azeitonas.
TIPOS
DE AZEITEPELO GRAU DE ACIDEZE
E CONSUMO APROPRIADO
Extra
virgem, menos de 1% , consumo
apropriado, em cru
Virgem, até 2%, consumo apropriado, cozinhados
Lampante, superior a 2%, apropriado para cozinhar
apenas depois de refinado,
Refinado, até 1%,
consumo apropriado, frituras.
OS DIVERSOS USOS DO AZEITE
O
azeite foi desde sempre apreciado como
uma das melhores preciosidades que a
natureza deu ao homem.
Os gregos e os romanos usavam-no, não apenas
como alimento, mas sobretudo como
remédio, também como perfume, combustível de iluminação e os resíduos como
lubrificante de alfaias e
impermeabilizante de tecidos.
O
AZEITE COMO REMÉDIO
Ainda não está de todo perdida a tradição do azeite como uso medicinal em mesinhas
caseiras para diversos tratamentos como por exemplo:
-Contra
a prisão de ventre, em que é usado em pequena quantidade misturado com sumo de limão e tomado em jejum. Diz quem
o aconselha que constitui um laxante sem
irritar o intestino e sem provocar habituação, ao mesmo tempo que é
benéfico para a vesícula.
É
também indicado medicinalmente contra o
mau colesterol(LDL), mantendo o nível do bom (HDL). Além de outros benefícios
que já saiem do nosso âmbito e cabem no da medicina.
O
AZEITE NAS RELIGIÕES
Em
todas as religiões o azeite é referido
com várias aplicações de curas e perfumes para além de alimento.
No
judaísmo, por exemplo, o uso do azeite é
descrito em várias partes da bíblia.Ele
fazia parte das três ofertas a Deus ( pão sem fermento, azeite e incenso) que eram queimadas em sacrifício no altar sagrado.
A ausência de fermento no pão
simboliza a abstinência do pecado, o azeite a presença de Deus entre os homens
e o incenso representa o louvor.
Na religião
católica, derivada da judaica, ainda hoje, na
quinta feira santa são consagrados os santos óleos para serem usados
pelos sacerdotes ao longo do ano em rituais litúrgicos sacramentais, como o baptismo, o crisma, a unção dos enfermos e a ordenação sacerdotal.
Esses santos óleos, sendo determinado pelo
código canónico que devem ser de origem vegetal, sem referência específica ao
azeite, normalmente é ele o óleo santificado pela ritualidade da quinta
feira santa.
Também no
paganismo, os romanos incluíam como principais ofertas de reconhecimento ou
louvor, o vinho, o pão e o azeite[1].
O
AZEITE COMO COSMÉTICO
Desde a antiguidade que o azeite é usado como
unguento para banhos, massagens e máscaras de beleza. Hoje continua a
usar-se incorporado em diversas marcas
de perfumaria, em produtos como: cremes,
champôs, loções de banho sabonetes e demais produtos de beleza.
Não
obstante as mais variadas ofertas de produtos de cosmética e higiene pessoal,
não é de pôr completamente de parte algumas mesinha caseiras. Fica aqui de
permeio um conselho de cabeleireiro.
Para
ter um cabelo macio e sedoso sem muita despesa nem perda de tempo, faça uma
riçagem com azeite, coloque uma toca e deixe durante algumas horas, o melhor é
mesmo faze-lo à noite e deixar até ao dia seguinte, em seguida lave o
cabelo com um champô e finalmente
passe-o com água e vinagre ou sumo de limão.
O AZEITE COMO ALIMENTO
O
azeite é por natureza a gordura mais apropriada para a alimentação. Outros
óleos alimentares, como o de girassol,
de milho, de soja, etc. não são confundíveis com o azeite.
O
clima seco e quase inóspito do mediterrânico, presenteia os povos que o
circundam com três alimentos essenciais que são: O pão, o vinho e o azeite.
Chamados no conjunto, a trilogia da
alimentação mediterrânica. Sortilégio dos povos que recebem as baforadas deste
mar situado no meio da terra.
Carson
Ritchie, escritor
inglês, op cit
, refere que, no norte da Europa, onde a
oliveira nunca se deu com o clima, os
povos dessa região tiveram que se
contentar a comer pão barrado com gordura de vaca (manteiga), enquanto os povos
do sul se regalavam com o pão untado com
a preciosa gordura de oliveira (o azeite). Em reforço desta opinião abonatória
do azeite, estudos feitos em meados do século passado (XX) revelam uma maior
longevidade dos povos mediterrânicos, atribuída à alimentação.
Devemos
considerar que esses resultados derivam de longínquos tempos em que os
transportes não transaccionavam os
alimentos como hoje. Mas, devemos também não esquecer de que a alimentação é
como a cultura, ou antes, ela é uma cultura que entra nos costumes e por isso é
tão lenta a instalar-se como a desinstalar-se.
Cabe aqui referir a celebre frase de Savarim,
já nossa conhecida de outras aulas, «Diz-me o que comes e dir-te-ei quem és»
que por outras palavras é reportada pela a expressão que hoje muito se ouve:
«somos aquilo que comemos». A acrescentar ao valor alimentar (nutricional) do
azeite, ele é também o principal
responsável pelas características do sabor da cozinha mediterrânica.
Segundo
estudos médicos, o azeite é a mais digestiva das gorduras, absorvido antes de
uma boa refeição, protege as mucosas do
estômago, protegendo-o também contra as úlceras. Encontramos aqui a
justificação para uma entrada de sopa temperada de azeite.
No
mercado encontram-se as mais variadas marcas, não será o que mais interessa
para o acto de compra, mas sim as qualidades do azeite que deverão estar
indicadas no rótulo. Também as azeitonas se apresentam umas verdes outras
escuras, o que depende da sua maturação , a azeitona madura é sempre escura.
O
que deve ser tido em consideração é o processo de curtimento da azeitona, de
preferência o processo tradicional, que apresenta sempre o caroço de cor
natural e não escurecida.
O azeite, ao contrário do vinho, não melhora
com o tempo, ele pode ser consumido imediatamente e tanto melhor à saída do
lagar, não devendo a sua duração ir além de ano e meio.
CULINÁRIA À BASE DE AZEITE
Utilizado desde tempos imemoriais como ingrediente culinário, o Azeite foi actualmente "redescoberto", tendo-se convertido num dos pilares da cozinha moderna e saudável.
O seu consumo não se
confina às regiões produtoras, e espalha-se hoje por países tão distantes como
o Japão ou a Austrália.
O Azeite dá sabor, aroma e cor, integra os alimentos, personaliza e identifica um prato.
Dentro da ampla gama de Azeites hoje disponíveis no mercado, deverá eleger-se o azeite em função da sua utilização culinária. Com a prática, e dependendo do gosto pessoal, poderemos seleccionar o azeite nosso proferido para cada tipo de prato.
O Azeite dá sabor, aroma e cor, integra os alimentos, personaliza e identifica um prato.
Dentro da ampla gama de Azeites hoje disponíveis no mercado, deverá eleger-se o azeite em função da sua utilização culinária. Com a prática, e dependendo do gosto pessoal, poderemos seleccionar o azeite nosso proferido para cada tipo de prato.
Para beneficiarmos das melhores
virtudes nutritivas, digestivas e
gustativas do azeite devemos consumi-lo em cru., ainda que ele suporte melhor a alta temperatura sem
oxidar do que qualquer outra gordura, o seu máximo vai de
210º a 220ºC..
Os Azeites ideais para consumir em cru, para temperar e para utilizar em doçaria e sobremesas são os azeites virgem extra, de sabor mais suave.
Os Azeites de aroma e sabor mais intenso são mais apropriados para alimentos de sabor mais pronunciado. São óptimos para escabeches, açordas, pratos de bacalhau e caldeiradas, intensificando o sabor dos alimentos.
Para maioneses ou molhos suaves, é preferível um azeite mais suave.
Os fritos, pela alta temperatura a que são sujeitos, devem ser feitos em azeite e não noutros óleos. Além de que este forma uma crosta na superfície dos alimentos, que impede a penetração da gordura no interior dos mesmos, por isso consumindo menos e deixando os fritos mais secos, gostosos e apetecíveis.
Os Azeites ideais para consumir em cru, para temperar e para utilizar em doçaria e sobremesas são os azeites virgem extra, de sabor mais suave.
Os Azeites de aroma e sabor mais intenso são mais apropriados para alimentos de sabor mais pronunciado. São óptimos para escabeches, açordas, pratos de bacalhau e caldeiradas, intensificando o sabor dos alimentos.
Para maioneses ou molhos suaves, é preferível um azeite mais suave.
Os fritos, pela alta temperatura a que são sujeitos, devem ser feitos em azeite e não noutros óleos. Além de que este forma uma crosta na superfície dos alimentos, que impede a penetração da gordura no interior dos mesmos, por isso consumindo menos e deixando os fritos mais secos, gostosos e apetecíveis.
O AZEITE NA COZINHA
PORTUGUESA
Já falamos da alimentação mediterrânica e dos seus benefícios, vamos
agora abordar alguns dos muitos usos do azeite na cozinha
portuguesa.
Para começar
falamos do prato por excelência da cozinha portuguesa, o bacalhau que
por sinal só começou a ser usado pelos portugueses a partir do século XV, muito
depois destes conhecerem o bom azeite
com que regaram o bacalhau e então fizeram
a excelente iguaria que hoje
tanto apreciamos.
Outra
referência da cozinha portuguesa é o caldo verde, também ele muito posterior ao
azeite, visto que a sua base são as couves e as batatas e estas apareceram em Portugal já bem depois do
bacalhau.
Servem estes pratos como referência, mas podemos dizer
que qualquer prato salgado da cozinha portuguesa se dá bem com o azeite, por
isso não vamos falar mais deles, vamos antes à doçaria portuguesa onde o azeite
tem presença.
DOCES TRADICIONAIS
PORTUGUESES À BASE DE AZEITE
Começamos também pelo mais óbvio, os doces fritos
(
filhós, sonhos, coscorões, fatias douradas, rabanadas, etc), para de seguida passarmos
a uma mostra de outros doces
confeccionados com azeite, uns mais conhecidos, outros menos que seguidamente se alistam e cujas receitas
se anexam:
- Bolinhos saloios de azeite e mel
- Broas de todos os santos
- Bolos de ferradura
- Pão doce
-Bolo de amassadura
- Bolo de azeite alentejano
- Bolo de azeite de Viena
- Bolo podre
- Bolo de azeite e vinagre
- Papas de milho com azeite, açúcar e canela
- Pudim de azeite.
BOLINHOS SALOIOS DE AZEITE E MEL
Ingredientes:
300g de farinha de milho,300g de farinha de
trigo, 2dl de mel, 150g de açúcar
louro,1dl de azeite, 50g de manteiga, 3 gemas, 1 colher de chá de erva doce, 1
colher de café de canela, 1 pitada de sal, 25g de banha para untar o tabuleiro.
Nutrientes por 100g: 441 kcalorias. 6g de proteinas.
, 14g de gorduras., 74g de hidrtos de carbono, 2g de fibras alimentares
Confecção:
Juntam-se
todos os ingredientes numa tigela de bolos e amassa-se apenas o
suficiente para os ligar numa massa que
deve ficar dura.
De seguida tendem-se pequenas
bolinhas que se colocam no tabuleiro
untado com banha e polvilhado com farinha de trigo.
Leva-se o tabuleiro ao forno
previamente aquecido a uma temperatura de cerca de 200ºC e deixa-se os bolinhos
cozer durante 10 a 15 minutos.
Quando cozidos retiram-se do forno, põem-se a arrefecer sobre uma rede sem se
sobreporem.
Depois de frios podem
guardar-se dentro de recipiente fechado, arrumado em lugar fresco e seco.
Podem durar mais de um mês em bom estado de
conservação.
BROAS DE TODOS OS SANTOS
(t radição do dia de todos os
santos)
Ingredientes:
1kg de farinha, 500g de açúcar, 50g de
margarina, ½ dl de azeite, 50g de erva doce, 40g de fermento de padeiro, 1
colher de chá de bicarbonato, casca de meio limão, 1pitada de sal, ≈ 2 dl de
água, 100g de nozes, 50g de pinhões.
Nutrientes por 100g: 406 kcal. 7g de prot.
, 14g de gord., 69g deh.c., 3g de f.a.
Amassa-se o fermento com um pouco de farinha e deixa-se levedar de um dia para o outro. Ferve-se a casca do limão com a água e deixe-a arrefecer.
Deita-se num alguidar a farinha peneirada com o bicarbonato, o fermento que se pôs a levedar de véspera, o sal, a margarina amolecida, o azeite e a erva doce.
Desenfarinha-se ( desenfarinhar é humedecer a farinha com pouca água) e amassam-se bem todos os ingredientes com pequenas gotas de água fervida com a casca do limão.
Bate-se bem a massa até ela apresentar bolhas e se despegar das mãos. Depois da massa trabalhada, que deve ficar dura, envolvem-se as fruta, faz-se uma bola ajeitada ao alguidar e deixa-se levedar em ambiente moderado e estável durante 3 a 4 horas, até que a massa atinja o dobro do volume.
Depois da massa lêveda, retira-se do alguidar, para cima de uma bancada polvilhado com farinha, corta-se em bocados e fazem-se pequenas bolas com as palmas das mãos.
Colocam-se num tabuleiro untado e polvilhado com farinha e levem-se ao forno previamente aquecido, a temperatura moderada, durante cerca de 20 a 30 minutos.
Quando as broas se apresentam cozidas, retiram-se do forno e colocam-se num tabuleiro não sobrepostas até que arrefeçam, depois de frias podem guardar-se em caixas fechadas.
Deita-se num alguidar a farinha peneirada com o bicarbonato, o fermento que se pôs a levedar de véspera, o sal, a margarina amolecida, o azeite e a erva doce.
Desenfarinha-se ( desenfarinhar é humedecer a farinha com pouca água) e amassam-se bem todos os ingredientes com pequenas gotas de água fervida com a casca do limão.
Bate-se bem a massa até ela apresentar bolhas e se despegar das mãos. Depois da massa trabalhada, que deve ficar dura, envolvem-se as fruta, faz-se uma bola ajeitada ao alguidar e deixa-se levedar em ambiente moderado e estável durante 3 a 4 horas, até que a massa atinja o dobro do volume.
Depois da massa lêveda, retira-se do alguidar, para cima de uma bancada polvilhado com farinha, corta-se em bocados e fazem-se pequenas bolas com as palmas das mãos.
Colocam-se num tabuleiro untado e polvilhado com farinha e levem-se ao forno previamente aquecido, a temperatura moderada, durante cerca de 20 a 30 minutos.
Quando as broas se apresentam cozidas, retiram-se do forno e colocam-se num tabuleiro não sobrepostas até que arrefeçam, depois de frias podem guardar-se em caixas fechadas.
BOLOS
DE FERRADURA
Ingredientes :
1kg
de farinha, 40g de fermento de padeiro, 500g de açúcar, 1 colher de chá de
bicarbonato de soda, 75g de margarina, 1 dl de azeite, 2 ovos, raspa de 1limão,
1 colher de chá de canela, ≈ 1 dl de água, 1 pitada de sal.
Nutrientes por 100g: 406 kcal. 7g de prot.
, 14g de gord., 69g de h.c., 3g de f.a.
Confecção:
Amassa-se
o fermento com um pouco de farinha e
deixa-se levedar de um dia para o outro.
Deita-se num alguidar a farinha peneirada com o
bicarbonato, o fermento que se pôs a levedar de véspera, o sal, as gorduras
aquecidas e a raspa de limão.
Desenfarinha-se (desenfarinhar é
humedecer a farinha com pouca água), de
seguida vai-se deitando gotas de água
morna e amassando.
Juntam-se os ovos 1 de cada vez
impregnando-os bem na massa, continuando a amassar e deitar gotas de água, se
for necessário, até a massa fazer bolhas
e se despegar das mãos, a massa deve
ficar dura, mas homogénea.
Logo
que a amassadura esteja pronta faz-se
uma bola ajeitada ao alguidar, cobre-se
com um pano de algodão branco, abafa-se
com outro mais grosso e deixa-se levedar a temperatura moderada durante cerca de 2 a 4 horas, até a massa
atingir o dobro do volume.
Depois da massa lêveda, retira-se do
alguidar põe-se em cima de uma bancada polvilhada de farinha, corta-se em
bocados regulares, moldam-se os bolos em
forma de um rolo grosseiro e dobram-se
ao meio a fazer formato de ferradura.
Tem-se
um tabuleiro untado e polvilha-se com farinha, colocam-se nele os bolos
e levam-se ao forno previamente aquecido
a temperatura moderada durante cerca de 20 a 30 minutos. No fim dos
bolos cozidos, retiram-se do forno e
colocam-se em tabuleiro não sobrepostos
até que arrefeçam.
Nota:
Estes bolos de ferradura, que não faltavam nos
casamentos, nem nas festas do padroeiro/a, advêm ( tanto, quanto se sabe) da
ancestralidade pagã e do uso da ferradura de ferro, como amoleto de
sorte, muito divulgado na zona saloia. Hoje os saborosos bolos de ferradura
ainda se continuam a fazer, mas sem o selo de origem, ou seja, a história mitológica, que lhes conferia um
sabor, não apenas gastronómico, mas também mágico, magia que era concentrada
sobretudo nas pontas do bolo, também chamadas cotos. Para que essa produzisse
efeito, deveria o bolo ser comido em
silêncio e, em silêncio formulado o
desejo.
PÃO DE
DOCE
(tradição do dia
de todos os santos )
Ingredientes:
600g farinha de milho, 500g de farinha de trigo,
40g de fermento de padeiro, 1 dl de
azeite, 250g
de açúcar, 2 dl de mel, 40g de erva doce,
casca de1/2 limão, raspa de 1 laranja,
1
pitada de sal, ≈ 4 dl de água,
farinha para tender que baste.
Nutrientes por 100g: 370 kcal. 5g de prot.,
6g de gord., 73g de h.c., 2g de f.a.
Confecção:
Desfaz-se
o fermento com um pouco de água, amassa-se com 100g de farinha de trigo que
se retira-se aos 500g e deixa-se levedar por algumas
horas.
Ferve-se
a água com a casca de limão e deixa-se arrefecer um pouco. Deita-se a
farinha de milho num alguidar, junta-se essa água bem quente e mexe-se
com uma colher de pau até se poder por as mãos. De seguida amassa-se um pouco e
junta-se a farinha de trigo e o fermento, volta a amassar-se e juntam-se os restantes ingredientes (mel, açúcar,
erva doce e raspa de laranja) .
Envolvem-se todos os ingredientes e volta a amassar-se.
Vai-se passando
os dedos pelo azeite e amassando, envolvendo-o assim aos poucos,
até a massa ficar em boa consistência.
Se a massa se apresentar um pouco dura vai-se deitando pequenas gotas de água e continuando
a amassar. Depois da água que se deita inicialmente, deve ter-se muito cuidado,
deitando pequenas gotas de cada vez , para que não aconteça ser demasiada. Se
isso acontecer, junta-se mais um bocadinho de farinha e amassa-se para
terminar.
Estando
a massa na consistência certa
polvilha-se com farinha de trigo,
cobre-se com um pano, abafa-se com um cobertor e deixa-se levedar a temperatura
moderada e estável, durante cerca de 1 a 2
horas, até ela ficar o dobro do volume inicial.
Estando
a massa lêveda, polvilha-se um tabuleiro
com farinha de trigo, moldam-se pequenos
pãezinhos colocam-se no tabuleiro e levam-se o forno a cozer durante
cerca de 30 a 40 minutos.
Depois de cozidos retiramo-los do forno
colocam-se sobre uma rede, ou
inclinados, deixamo-los arrefecer e podemos guarda-los por mais que uma semana
com boa qualidade.
Nota:
O pão doce juntamente com as
broas, compõe o Pão por Deus que faz-se
normalmente para o Dia de Todos os Santos (1 de Novembro) e se guarda
até ao S. Martinho (11 de
Novembro), conservando-se duas semanas.
Fica um pouco duro, mas em muito boa conservação.
BOLO
DE AMASSADURA
Ingredientes:
300g de farinha de trigo (ou 500g de
massa de pão), 12g de fermento de padeiro, 1 colher de chá de fermento
em pó, 125g de açúcar louro, 25g de açúcar branco refinado, 1dl de mel, 1 dl de
azeite, 2 ovos, raspa de 1 limão, 1
colher de café de canela, ≈ 1 dl de água, 1 pitada de sal.
Nutrientes por 100g: 347 kcal. 5g de prot.
, 11g de gord., 57g de h.c., 1,4g de f.a.
Confecção:
Desfaz-se o
fermento em cerca de meio dl de água
tépida , junta-se 50g de farinha, amassa-se e deixa-se a levedar durante
2 a 4 horas.
Deita-se a
farinha num alguidar pequeno peneirada
com o fermento em pó, junta-se o fermento levedado, a pitada pequena de sal e
amassa-se como se fosse massa para pão.
Quando a massa estiver a ficar quase
pronta , junta-se-lhe o açúcar
louro, o mel e a raspa de limão e
volta a amassar-se, adicionando os ovos
um a um e o azeite aos poucos até a
massa ficar bem ligada.
Seguidamente
ajeita-se em bola no alguidar ou tigela, cobre-se com um pano, abafa-se com
outro e deixa-se levedar durante 2 a 3
horas, até a massa atingir o dobro do volume.
Depois da massa lêveda coloca-se numa forma,
preferencialmente de chaminé (forma de buraco), untada e polvilhada com farinha (também se pode cozer o bolo
desenformado como se fosse pão).
Antes de se
colocar no forno, polvilha-se
com a canela misturada com o
açúcar branco
e leva-se ao forno previamente aquecido a
temperatura média durante 40 a 50 minutos.
BOLO SALOIO
Ingredientes:
250g
de farinha, 150g de açúcar louro, 1dl de mel, 100g de banha, ½ dl de azeite, 2
ovos, 1 colher de chá de canela, 25g de erva doce, 2 colheres de chá de
fermento em pó, casca de ½ limão, 1 pitada de sal fino.
Nutrientes por 100g: 462kcal. 5g de prot.
, 21g de gord., 61g de h.c., 1,3g de f.a.
Confecção:
Unta-se uma forma de chaminé
com um pouco de banha que se retirou dos
100g e forra-se com papel vegetal,
também ligeiramente untado.
Ferve-se a casca do limão com a
água e deixe-a arrefecer. Junta-se a
banha amolecida, o açúcar, o mel, os ovos inteiros, a canela, a erva doce e o sal. Misturam-se
estes ingredientes e alternadamente
vai-se juntando a farinha peneirada com
o fermento e a água fervida com a casca
de limão e arrefecida..
Bate-se tudo muito bem até a massa formar ampolas. Seguidamente
deita-se na forma e leva-se
a cozer em forno previamente aquecido e moderado, durante cerca de 30 a
40 minutos. Depois de cozido, retira-se do forno e deixa-se arrefecer na forma.
Depois de frio desenforma-se e passa-se
para um prato de bolos.
Nota:
Pode rechear-se este
bolo com frutos secos, principalmente nozes, que o valorizam muito e não lhe retiram em nada as características.
Obs:
Receita
tradicional da região saloia. Encontra-se também publicada por Selecções de Reader’s Digest, Tesouros
da Cozinha Tradicional Portuguesa,1984,
referida à Província da
Estremadura. Pesquisa de Palmira Cipriano Lopes.
BOLO
PODRE
Versões, Autores e Regiões Diversas
Nota prévia:
O
bolo podre é um bolo bem popular, encontrado por todo o
país, com pequenas diferenças.
Consultando
alguma bibliografia sobre culinária,
encontramos em diversas obras, umas mais antigas como a de Nunes de
Carvalho de 1908 até à de João Serra de 2009. Curiosamente, quer uma , quer
outra apresentam não o clássico bolo
podre enformado, para fatiar, mas bolos podres pequenos, de moldar à mão como os biscoitos.
OBRAS ONDE ENCONTRAMOS O BOLO PODRE:
Manual
da Cozinheira, Nunes de Carvalho, 1908.
A
Cozinheira das Cozinheiras, Rosa Maria, 1941, 5ª ed.
A
Arte de Cozinhar, Rosinha Costa, 1956.
Cozinha
Regional Portuguesa, Mª Odette Cortes
Valente,1973.
Tesouro
da Cozinha Regional Portuguesa da mesma autora, 2008.
Cozinha Tradicional Portuguesa, Maria de
Lurdes Modesto, 5ª ed , 2009.
Tesouros da Cozinha Tradicional Portuguesa,
Maria Emília Cancela de Abreu, 1984.
O
Livro de Pantagruel, Bertha Rosa – Limpo, 71ª ed.1997.
Mestre
Cozinheiro, de Laura Santos, 3ª ed , 1959.
Receitas
Conventuais da Península Ibérica, João Serra, 2009.
Os principais ingredientes destes bolos, além da farinha, são o azeite e o mel de abelha. Com algumas excepções como: O
Mestre Cozinheiro que
substitui estes dois elementos por
leite. O bolo podre da Madeira, de Maria
Odette Cortes Valente, que também não contem azeite e substitui o mel de abelha
pelo mel de cana e em Arte de cozinhar (1956), onde se encontram
ingredientes bem diferentes dos comuns do bolo podre.
Também João Serra acima referido, apresenta os bolos podres de
Lisboa e Ribatejo sem estes dois
ingredientes. Enquanto os de Odivelas,
do mesmo autor, são vinculados aos
principais ingredientes, o azeite e o mel.
Vamos apresentar a receita de
Pantagruel.
BOLO PODRE
( Receita adaptada do
Livro de Pantagruel)
Ingredientes:
500g
de farinha de trigo, 250g de açúcar louro, 280g de mel, 2 dl de azeite, 6 ovos, 1 colher
de chá de canela, 1colher de chá de fermento em pó, 1 colher de sobremesa de erva
doce, raspa de 1 limão, 25g de açúcar refinado, 25 g de margarina para untar a
forma.
Nutrientes por 100g: 406 kcal. 7g de prot.
, 16g de gord., 59g de h.c., 1,3g de f.a.
Confecção:
Bate-se
o açúcar com as gemas e 1 clara até engrossarem. Juntam-se-lhes o mel, o
azeite, a raspa de limão, a erva doce e
a canela, mexe-se muito bem e junta-se -lhe
a farinha peneirada com o fermento, continuando a mexer até a massa
fazer bolhas.
Batem-se
as restantes claras em castelo e envolvem-se levemente sem bater.
Deita-se
numa forma untada com margarina e
forrada com papel vegetal também ligeiramente untado. Leva-se ao forno
previamente aquecido para cozer a
temperatura moderada durante cerca de 30
a 40 minutos, quase no fim da cozedura polvilha-se com o açúcar areado.
Depois
de cozido, deixa-se arrefecer um pouco e desenforma-se, puxando pelas pontas do
papel.
BOLO FINTO DE AZEITE
Ingredientes:
250g de farinha e 25g de fermento de padeiro, 250g de
açúcar louro, 3 ovos, 1,5dl de azeite, 2colheres de chá de fermento em pó, 25g
de margarina para untar a forma, raspa
de limão e canela a gosto.
Nutrientes por 100g: 438 kcal. 5g de prot.
, 18g de gord., 60g de h.c., 1g de f.a.
Confecção:
Desfaz-se o fermento de padeiro em
cerca de 2dl de água tépida, junta-se a
farinha e prepara-se uma massa como para
pão que se deixa-se repousar 30 a 40
minutos. Entretanto, batem-se os
ovos com o açúcar, adiciona-se o azeite,
o fermento em pó, a raspa de limão e a
canela. Junta-se à massa preparada e
mistura-se com a mão até os ingredientes ficarem bem ligados com a massa.
Deita-se o preparado na forma,
preferencialmente de chaminé (de buraco ao meio) e
leva-se ao forno previamente aquecido a temperatura média,
durante cerca de 40 a 60 minutos. Ao fim desse tempo retira-se do forno e pode
desenformar-se de seguida.
BOLO DE AZEITE ALENTEJANO
Ingredientes:
250g de farinha, 250g de açúcar, 5 ovos, 1,5dl de
azeite, 1 dl de mel, 1colher de chá de fermento em pó, 1 Colher de café de
canela, 1colher de chá de erva doce, 25g de margarina para untar a forma.
Nutrientes por 100g: 410 kcal. 6g de prot.
, 18g de gord., 55g de h.c., 1g de f.a.
Confecção:
Bate-se muito bem o açúcar com os ovos inteiros. Adiciona-se o azeite e o
mel em fio batendo bem até os incorporar bem. Junta-se a canela e a erva
doce , envolve-se no preparado e finalmente junta-se a farinha peneirada com o
fermento envolvendo-a suavemente em
movimentos longos.
Seguidamente deita-se na forma
untada com margarina e polvilhada com farinha.
Leva-se ao forno previamente aquecido a temperatura moderada durante cerca
de 40 a 50 minutos.
Depois de cozido, retira-se do forno e pode desenformar-se de seguida.
BOLO DE AZEITE VIENENSE
( Receita adaptada do livro de
Pantagruel)
Ingredientes:
½ kg de massa de pão crua lêveda (ou 250g de farinha), 400g de açúcar,
3 ovos, ½ dl de azeite, ½ dl de vinho
licoroso, 1 colher de chá de bicarbonato de soda, 1 colher de chá de canela, 50g de nozes,
50g amêndoas e 50g de pinhões, margarina
para untar 25g.
Nutrientes por 100g: 423 kcal. 8g de prot.
, 15g de gord., 63g de h.c., 2g de f.a.
Confecção:
Não se dispondo da massa feita,
prepara-se uma massa como para pão, amassando a farinha com cerca de 2 dl de água onde se desfez cerca de 25g de fermento de padeiro.
Amassa-se e deixa-se levedar até a massa
atingir o dobro do volume.
Dispondo da massa feita ou quando esta estiver lêveda, juntam-se a ela todos os ingredientes, excepto os frutos secos. Amassa-se muito bem até todos os ingredientes
ficarem bem ligados numa massa homogénea.
Estando a massa bem ligada, juntam-se os frutos secos amassa-se de novo e
deixa-se repousar por cerca de meia hora. Seguidamente coloca-se numa forma
untada e forrada com papel grosso também ele untado.
Lleva-se ao forno previamente aquecido a temperatura inicialmente alta,
passando a moderada a meio tempo da cozedura. A cozedura deve demorar cerca de 40 a 60 minutos. Ao fim desse tempo retira-se
do forno e pode desenformar-se de seguida.
BOLO DE
AZEITE E VINAGRE
(Receita
adaptada do Livro de Pantagruel)
Ingredientes:
1dl
de azeite, ½ dl de vinagre, 1 dl de leite, 270g de açúcar, 2 ovos, 220g de
farinha, ¼ de colher de chá de essência de
baunilha, 1 colher de sopa de fermento em pó, 1 colher de café de sal,
150g de chocolate, farinha ou pão ralado para polvilhar.
Nutrientes por 100g: 468 kcal. 6g de prot.
, 19g de gord., 66g de h.c., 3g de f.a.
Confecção:
Misturam-se
o vinagre, o azeite, o leite e a baunilha, mexendo bem.
Batem-se
os ovos com o açúcar até engrossarem, adiciona-se
a farinha e metade dos líquidos que se juntaram, bate-se e junta-se depois o
resto dos líquidos que se misturaram, batendo até fazer bolhas.
Deita-se numa
forma redonda de tamanho médio com chaminé, untada com margarina e
polvilhada com farinha ou pão ralado.
Leva-se
a cozer em forno moderado, durante 40 a
60 minutos.
Quando
estiver cozido retira-se do forno, desenforma-se e deixa-se arrefecer sobre uma
rede.
Depois
de frio pode cobrir-se com uma cobertura de chocolate.
Cobertura
de chocolate:
Ferve-se
200g de açúcar com 1dl de água até obter ponto de pérola.
Retira-se do lume e junta-se-lhe aos poucos e
alternadamente o chocolate partido aos bocadinhos e a manteiga, bate-se muito
bem para ligar e aplica-se antes de arrefecer.
PAPAS DE ABÓBORA COM AZEITE, AÇÚCAR
E CANELA
Ingredientes
1 kg de abóbora menina, 200g de
farinha de milho, ½ dl de azeite, 150g
de açúcar, 7,5 dl ≈ de água*. , 1 pitada de sal, canela em pó que baste.
*A água pode ser mais ou menos
conforme a consistência das papas desejada.
Nutrientes por 100g: 92 kcal. 1g de prot. , 2,3g de gord., 15g de h.c., 1,2g de f.a.
PUDIM DE AZEITE
Ingredientes:
400g de açúcar, 8 ovos, 1 dl de azeite, 1 dl de mel,
raspa de 1 limão, 1 colher de café de
canela.
Nutrientes por 100g: 347 kcal. 6g de prot. , 5g de gord., 61g de h.c., 0g de f.a.
Confecção:
Do azeite para o pudim retira-se um pouquinho para untar a forma, onde
vamos levar este a cozer. Polvilha-se a
mesma com um pouco de açúcar, retirado
dos 400g.
Batem-se os ovos com o açúcar até se obter uma gemada cremosa, junta-se o
azeite em fio batendo sempre,
seguidamente o mel, a raspa de limão e a
canela, mexe-se bem, deita-se na forma ,
leva-se ao forno previamente aquecido a temperatura moderada, para
cozer em banho – maria durante cerca de 1 hora.
Depois de cozido retira-se do forno, deixa-se arrefecer enformado e quando
estiver frio desenforma-se e leva-se ao frigorífico para refrigerar.
Nota final:
Texto feito exclusivamente para apoio das aulas de gastronomia da
Universidade da Terceira Idade de Torres
Vedras, pela professora da disciplina , Palmira Cipriano Lopes.
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